Descrição
e Motivos de Interesse
Começa por se percorrer uma calçada que atravessa
parte do parque e que leva aos primeiros caminhos florestais,
em direcção a Guardão, a localidade que
dá o nome à freguesia e onde, se fizer um pequeno
desvio, pode visitar a Igreja Matriz, a capela de S. Sebastião,
que no seu interior possui uma valiosa escultura do seu santo
de devoção em pedra policromada do século
XVI. A seguir continua percorrendo a Calçada Romana
que é parte de uma das 7 vias principais que saíam
de Viseu e permitiam o acesso ao litoral, e o Caminho dos
Cruzeiros, até chegar à estrada principal que
dá acesso a Janardo. Nesta povoação à
qual já coube a honra de ser cabeça do velho
concelho do Guardão, onde ainda existem os edifícios
onde se procedia a todos actos municipais, destaca-se a Casa
da Câmara e o Tribunal, ambos edifícios em pedra
talhada, hoje pertencentes a particulares, construídos
no ano de 1735. É tempo de enveredar pelos caminhos
agrícolas e poucos metros à frente começam
a surgir os primeiros sinais de uma das celebrações
religiosas mais importantes da zona – A Festa das Cruzes.
Os pilares com a inscrição do nome das freguesias
envolvidas na celebração vão-se sucedendo
ao longo do caminho pela ordem da sua chegada na 5ª feira
da ascensão de cada ano, até chegarmos à
Capela de S. Bartolomeu. Nas proximidades encontra-se o cruzeiro,
num ponto magnífico de observação do
Vale de Besteiros simbolizando a protecção divina
que teria sido concedida à população
do Guardão. É junto a este cruzeiro que no dia
da Festa das Cruzes os fiéis formando uma procissão
com as cruzes, fazem as suas orações. Neste
local situa-se também um castro, onde foram encontradas
moedas de ouro e peças de cerâmica, aqui deixados
por antigas civilizações que aqui se instalaram.
Para continuar o percurso, há que retomar o caminho
junto aos pilares graníticos.
Adiante irá atravessar-se a Ribeira do xudruro sobre
uma ponte de origem românica e sobe-se a encosta, sempre
com o cenário de uma incrível beleza natural,
até chegar à capela de Sta Luzia, no Carvalhinho,
onde temos uma zona de descanso em que a vista alcança
todo o vale. No Largo do Lameirão, deixa-se para trás
a aldeia e volta-se aos trilhos da serra em direcção
ao Cadraço. Continuando o percurso irá deparar-se
com uma sucessão de paisagens desde a pastagem onde
o gado livremente se alimenta em parcelas delimitadas por
muretes de granito pacientemente construídas em tempos
idos, logo ao lado de grandes extensões de vegetação
rasteira típica de altitude, até uma extensão
considerável de carvalhal em que marcam presença
o carvalho negral e o Carvalho alvarinho, após a qual
nos deparamos com zonas agrícolas, já à
chegada a Ceidão. Ainda por caminhos florestais passa-se
por Pinhal Novo e regressa-se à vila do Caramulo. Esta
situa-se na vertente oriental da Serra e é ainda hoje
associada, através das imponentes construções
dos antigos sanatórios, ao que foi a partir de 1920
a maior estância Sanatorial do país, que chegou
a permitir o internamento simultâneo de 2500 doentes.
Estamos em frente ao Museu do Caramulo e aproxima-se o final
desta caminhada, atravessando o Parque Jerónimo Lacerda,
no qual poderá observar-se grande riqueza e diversidade
botânica, sabendo que em tempos serviu de barreira ao
contágio das populações vizinhas por
aqueles que tendo problemas pulmonares, vinham em busca do
clima privilegiado, da calma e ar puro.
Avaliação
SAL
Não há avaliação
SAL sobre este percurso pedestre.
Certificações
Este
percurso está certificado pela Federação
de Campismo e Montanhismo de Portugal.
Outras Informações
Não
há mais informações disponíveis
sobre este percurso pedestre.