Descrição
e Motivos de Interesse
O percurso inicia-se junto ao Convento de Santa Cruz dos Capuchos,
fundado em 1560, para frades da Ordem de S. Francisco de Assis,
caracterizados por viverem em estreita relação
com a natureza. No caminho para a Memória dos Soldados,
local onde 25 soldados perderam a vida no combate ao grande
incêndio de 1966, como em grande parte do percurso,
é bem evidente um dos problemas ecológicos mais
graves do Parque: a difícil sobrevivência da
vegetação natural. Poderá, mais adiante,
observar uma sepultura colectiva - o Tholos do Monge - construída
no período Calcolítico (2500/1500 a. C.) e
reutilizado na Idade do Bronze (1800/800 a. C.). A sepultura
orientada a norte aproveita uma depressão natural do
granito. O Maciço de Sintra é o resultado da
ascensão de magma gerado a grandes profundidades e
que se imobilizou próximo da superfície, acabando
por se intruir ou encaixar em rochas de natureza sedimentar
- predominantemente calcários que contornam a serra
como um invólucro de estratos inclinados. Este processo
foi acompanhado pela assimilação dos materiais
da crosta essencialmente graníticos, e de um processo
de diferenciação magmática de que resultou
uma variedade petrográfica notável. O granito
é a rocha mais abundante, seguido, para o interior,
de um núcleo de sienitos e microssienitos. Hoje, o
relevo apresenta-se já esculpido, em grande parte,
nas rochas do núcleo magmático. O relevo, a
natureza geológica da serra e em consequência
destes, o clima e a vegetação, permitiram a
constituição de uma unidade com características
distintas da paisagem envolvente e onde persistem cerca de
novecentas espécies autóctones. Cedo se fez
sentir a acção do Homem: a pastorícia,
primeira actividade não caçadora ou recolectora
introduzida na Península, implicou o uso generalizado
do fogo, visando promover as áreas de pastagem em detrimento
das florestas nativas. Depois foi a agricultura, a procura
de lenha, a exploração da madeira, a construção
naval, atingindo-se a mais profunda desarborização
em meados do séc. XVIII. A partir do século
XIX, o repovoamento florestal e a transformação
das propriedades agrícolas da encosta norte, em matas
de lazer e parques
românticos, fruto do fascínio pela flora vinda
de todo o mundo, criou uma paisagem requintada.
Avaliação
SAL
Não há avaliação
SAL sobre este percurso pedestre.
Certificações
Este
passeio está certificado pela Federação
de Campismo e Montanhismo de Portugal.
Outras Informações
Não
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