Descrição
e Motivos de Interesse
A
planura xistenta é entalhada pelo profundo vale do
Rio Erges, esventrando o maciço granítico de
Segura-Cabeza de Araya. A paisagem torna-se diversificada,
erguendo-se das vertentes íngremes do Erges os imponentes
canchais, termo local para os amontoados de grandes blocos
graníticos. Entre a azenha do Roque e o moinho das
Freiras, este rio corre ao longo de um imponente desfiladeiro
conhecido como “as fragas”, atingindo 100 metros
de profundidade e expondo com particular detalhe o contacto
entre a intrusão granítica e os xistos metamorfizados:
um verdadeiro enxame de filões ácidos aplitopegmatiticos
e veios de quartzo contorcidos em formas inusitadas cruzam
a auréola de xistos mosqueados e corneanas pelíticas
que circunda o maciço granítico.
Nas Freiras ou junto da Ponte Romana, os magníficos
afloramentos rochosos relatam-nos o modo como uma bolsada
de magma se instalou no interior da crusta terrestre há
300 milhões de anos, cozendo os sedimentos à
medida que arrefecia lentamente e cristalizava num granito
profiróide de duas micas. A circulação
de fluidos quentes ao longo de fracturas nas rochas encaixantes
levou ao intercâmbio de elementos químicos e
à precipitação de minerais de relevante
interesse económico, como a volframite, a cassiterite
e o ouro. Desde 1857, e durante mais de um século,
Segura foi um couto mineiro de importância regional,
tendo-se explorado volfrâmio, estanho, chumbo argentífero,
barite, zinco, ouro e fosfatos. As minas do Barreirão
e da Tapada do Zé Marques, ou a lavariafundição
das Eirinhas, são registos ímpares da evolução
das tecnologias empregues para a exploração
de uma grande variedade de jazigos minerais de natureza filoniana.
Avaliação
SAL
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Certificações
Este
percurso está certificado pela Federação
de Campismo e Montanhismo de Portugal.
Outras Informações
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