Descrição
e Motivos de Interesse
Percurso
que aproveita em grande parte o troço de duas calçadas
romanas, uma delas
com a designação de Galhardos e a outra de Cantarinhos.
Partindo do Largo da Fonte em direcção à
Serra, logo chegamos ao Largo dos “lavadouros públicos”.
Aqui encontramos um painel referente ao percurso, que será
de consulta obrigatória. É junto aos tanques
que começa a denominada “Rota dos Galhardos”,
nome de pequenos demónios que, segundo a lenda, fizeram
a calçada numa noite, a qual devido à sua inclinação,
só poderia ser obra sua. Na realidade trata-se de uma
calçada construída durante a ocupação
romana. Partindo do “lavadouro” segue-se pela
rua da Serra. Mais à frente
vamos encontrar à esquerda um caminho asfaltado com
a indicação de Viveiros de Folgosinho, que apesar
de merecerem uma visita, ficam fora da nossa rota. Continuando
a rua da Serra e já fora do aglomerado urbano, vamos
encontrar uma cortada à esquerda. A sinalização
indica-nos o sentido do percurso. Após passarmos o
campo de futebol e alguns metros depois, entramos verdadeiramente
na Calçada dos Galhardos, encontrando a primeira das
quatro casas de abrigo mandadas construir por João
de Vasconcelos nos anos quarenta e que serviam de refúgio
às intempéries a quem vinha ou ia para a serra,
vinha com rebanhos e espigas de centeio, carregadas em carros
puxados por bois. Quase junto à segunda casa de abrigo,
a calçada termina abruptamente e à direita surge-nos
um pequeno bosque de bétulas, que nos irá acompanhar
durante alguns
metros até à Portela de Folgosinho. Aqui, cruzam-se
três vias: à direita para Folgosinho, em frente
para os Casais e Assedace e à esquerda para Videmonte.
É neste último sentido que segue o percurso.
Alguns afloramentos rochosos vão competindo com a vegetação.
Um pouco afastado do caminho, mas devidamente assinalado,
encontra-se um pequeno penhasco que o tempo moldou, dando-lhe
a aparência da cabeça de um Faraó. Mais
à frente, um pequeno bosque misto, onde predominam
Bétulas e Pseudotsugas, presenteia-nos com tantas cores
quanto as estações do ano, sendo agradável
no pico do sol, uma pequena paragem para um merecido repouso
aproveitando as suas sombras. Um pouco antes do sítio
do “Jogo da Bola”, deixamos a estrada e apanhamos
o trilho à direita que nos dará conta de uma
outra calçada, também ela romana: “Calçada
Romana da Serra de Baixo” também designada por
“Pé da Serra”. A descida proporciona-nos
uma paisagem soberba, valendo sempre a pena pequenas paragens,
para melhor apreciar. Já no fundo da encosta, cruzamos
a Ribeira do Freixo e aí a calçada termina,
fazendo-se o resto do percurso, por um caminho de terra batido
até ao lugar designado por Moinhos do Forno. Daqui
à Vila, um “saltinho”. Entre sombra de
castanheiros e carvalhos, podemos olhar ainda os campos sempre
verdes e, de quando em quando, o trabalho árduo de
homens e mulheres, que souberam com mestria buscar nas encostas
um punhado de solo fértil para o pão de cada
dia. Por fim, é a chegada à Vila e depois de
se reporem energias numa qualquer simpática tasquinha,
para “esmoer”, vale sempre a pena uma última
visita pelo povoado, que alguns acreditam ter sido o berço
de Viriato.
Avaliação
SAL
Não há avaliação
SAL sobre este percurso pedestre.
Certificações
Este
passeio não tem certificações.
Outras Informações
Não
há mais informações disponíveis
sobre este percurso pedestre.