Descrição
e Motivos de Interesse
A
área genericamente chamada Quinta da Rocha é
na realidade uma península delineada pela ribeira de
Odiáxere e pelo rio Alvor, que se juntam e dão
origem à Ria de Alvor. Neste percurso poderá
encontrar vários cenários bem distintos: campos
agrícolas, matos mediterrânicos, sapais, salinas,
pisciculturas e o ecossistema aquático dos rios e da
laguna de Alvor. Em cada um destes locais poderá observar
fauna e flora características. Contudo, é o
mosaico formado por todas estas facetas em equilíbrio
dinâmico que confere à Ria de Alvor a sua beleza
e importância. Se
chegar de comboio, siga pelo caminho do lado oposto à
estação da Mexilhoeira Grande e vá para
a direita no caminho de terra batida seguindo depois sempre
em frente. Se vem de automóvel, sugerimos que inicie
o percurso logo a seguir à passagem de nível
(é possível deixar aí o veículo),
optando igualmente pelo caminho da direita. À
sua esquerda discorrem as terras da Quinta da Rocha dominadas
por culturas de pequena dimensão com sebes naturais
compostas por amendoeiras, oliveiras, alfarrobeiras, romãzeiras,
marmeleiros e figueiras, bem
como alguns pequenos pomares de citrinos e terrenos de baldio.
Aquelas árvores formam um porto de abrigo para numerosas
espécies. Mochos-galegos e poupas usam-nas para instalar
os seus ninhos e procuram alimento na área circundante;
felosas, toutinegras, papa-moscas, piscos-de-peito-ruivo e
rabirruivos seguem o seu exemplo. Seguimos
sempre pelo caminho principal. À nossa direita, em
breve nos deparamos com tanques de piscicultura onde podemos
observar várias aves aquáticas, entre as quais
o corvo-marinho ou, com sorte, uma águia-pesqueira.
Os
nossos passos levam-nos na direcção do mar,
a água começa a dominar a paisagem e a brisa
traz-nos o odor do oceano e das terras alagadas do sapal.
O aspecto monótono deste terreno, entre o verde e o
cinzento, explica-se pela elevada salinidade do meio, hostil
à maioria das espécies vegetais. Se
passeia no final da tarde, prepare-se para encontros imediatos
com lebres saltitantes, em busca de alimento ou em fuga –
começa também agora a hora da raposa. Mais circunspecta
é a presença dos mocho-galegos, que vigiam os
terrenos de caça desde lugares elevados. Parecem sentinelas
no topo dos postes de electricidade. Mais tarde ainda inicia
a sua actividade o morcego-de-ferradura-grande, uma das espécies
de morcegos aqui presente e que está em perigo de extinção.
Avaliação
SAL
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SAL sobre este percurso pedestre.
Certificações
Este
percurso não tem certificações.
Outras Informações
Não
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sobre este percurso pedestre.