Descrição
e Motivos de Interesse
O
PR2 é um percurso pedestre com 19 quilómetros,
em circuito, com início e fim na aldeia de Atalaia.
Tem duas variantes: a variante dos “Olhos d'Água”,
com cerca de 3 km e a variante do “Vale da Azenha”
com cerca de 8 km. Inicia-se no centro da aldeia, junto ao
parque infantil, na Atalaia, concelho de Gavião. Ruma
pela rua da Igreja e depois pela rua do Frade, passa a fonte
da Lameira até à queijaria, que se encontra
do lado direito. Aqui abandona a estrada de asfalto, tomando
à esquerda um caminho que se encaminha para a ribeira
das Barrocas, que se atravessa numa ponte de madeira. Já
no caminho para a ribeira, a 200 m da queijaria, quem optar
por fazer o percurso pelo PR2.1, “variante dos Olhos
d'Água” toma um caminho à direita que
encaminha o pedestrianista até ao Lagar Velho e depois
aos Olhos d'Água, local onde existem várias
nascentes da ribeira das Barrocas. Visitado o local, retoma-se
ao Lagar Velho, atravessa-se uma cancela de uma propriedade
privada, passa-se um moinho, seguindo-se por uma levada ao
longo da ribeira, passa-se outra cancela, esta mais larga
que a primeira, atravessa-se uma ponte de madeira, reencontrando-se,
dali a 100m, o caminho principal do PR2. Quem decidir regressar
à Atalaia, basta atravessar a ribeira na ponte de madeira
ao lado do caminho e seguir o largo caminho até à
aldeia. Quem optar por seguir até aos Moinhos da Foz
é só seguir pelos trilhos sinalizados, ao longo
da ribeira, ora pela margem esquerda, ora pela margem direita,
de moinho em moinho, por um vale que outrora fervilhou de
actividade agrícola e moageira. Chegado à confluência
da ribeira das Barrocas com a ribeira de Alferreireira, descobre-se
ali um núcleo moageiro que outrora tivera enorme importância
não só para a Atalaia como também para
as povoações vizinhas. Visitado o local, retoma-se
o percurso, subindo por um estreito carreiro aberto na rocha
pelos cascos dos animais de carga que ali vinham trazer o
grão e dali levavam a farinha. Chegado a um pequeno
largo, pode-se encurtar o passeio, optando-se por seguir para
a Alataia pelo PR2.2, a variante do “Vale da Azenha”.
Quem quiser continuar, é só seguir pelo trilho
ao longo da ribeira de Alferreireira até ao Tejo. Do
lado de lá, terras de Nisa, do lado de cá Gavião.
Repare-se no vale encaixado da ribeira, no verde-claro do
seu coberto vegetal constituído por freixos, amieiros
e salgueiros e por um sub-bosque onde abundam os loureiros,
o folhado e o feto real. Constitui um corredor de rara beleza
e de enorme importância para a fauna. Nas encostas,
azinheiras, oliveiras, medronheiros, alecrim, rosmaninho e
esteva. Nas zonas mais sombrias folhado, sanguinho-das-sebes.
Por aqui vivem javalis e raposas, coelhos e lebres, saca-rabos
e genetas… nas ribeiras, lontras; nas árvores,
uma imensidão de aves de onde se destacam a águia-de-asa-redonda,
o melro-preto, os gaios, as pegas, os piscos e junto às
ribeiras, os guarda-rios… Lá para o Tejo, podem
ser vistos grifos e abutres-do-Egipto, cegonha-preta e garça-real.
Rapidamente se atinge o Vale Covo cuja ribeira se atravessa
numa ponte de madeira. Antes de ali chegar, avistou-se do
lado de lá uma construção grande, uma
antiga fábrica de fiação e preparação
de lã. Continuando ao longo da ribeira de Alferreireira,
chega-se ao Tejo por um trilho que, na sua parte final, percorre
uma antiga levada, em alguns locais cavada na rocha. Chegado
ao local conhecido por “Batel”(por ali haver até
há pouco tempo um batel que fazia a travessia do rio
para os lugares dos Outeiros, na margem norte, pertencendo
os referidos lugares, também, ao concelho de Gavião)
e onde existe um abrigo de pescadores, toma-se um trilho ao
longo da margem do Tejo rumo ao Vale de Cerejeiras, cuja ribeira
se atravessa pela ponte do muro da sirga, na confluência
desta com o rio. Agora inicia-se a subida, rumando a sul,
com o Vale de Cerejeiras lá no fundo, do lado esquerdo.
Atinge-se um ponto alto de onde se avista tudo em redor, sendo
esta zona conhecida por Cabril. Rumando para sul, por caminhos
largos, rapidamente se atinge a Degracia Cimeira, depois visita-se
a Fonte Velha ou Fonte da Bica, ruma-se agora para a Degracia
Fundeira e, por caminhos tradicionais, termina na Atalaia.
Avaliação
SAL
A SAL considera este passeio como MUITO
BOM.
Certificações
Este
percurso está certificado pela Federação
de Campismo e Montanhismo de Portugal.
Outras Informações
Não há mais informações
disponíveis sobre este percurso pedestre.