Descrição
e Motivos de Interesse
Partindo
da pequena ermida da Giesteira, iniciamos o percurso pelo
caminho que se abre por entre campos murados que, pouco a
pouco, vão dando lugar a bouças e campos abandonados
cuja vegetação autóctone proliferou de
forma espontânea, para nos embrenharmos por completo
no extenso carvalhal da Paisagem Protegida. Este bosque de
folhosas constitui um óptimo habitat para inúmeras
espécies da flora e do reino animal. Aqui, deveremos
parar por um pouco para nos instruirmos com a sabedoria da
mãe natureza. Esta floresta, antes classificada como
Mata Nacional, resultou da plantação levada
a cabo no período do Estado Novo, pela Junta de Colonização
Interna, no seu polémico Plano Florestal a Norte do
Tejo. As espécies arbóreas resultam desta plantação
ou da regeneração, destacando-se o carvalho
(Quercus robur), o vidoeiro (Betula alba), o castanheiro (Castanea
sativa), a faia (Fagus sylvatica), o pilriteiro (Crataegus
monogyna), o azevinho (Ilex aquifolium), entre muitas outras.
Em tão rico e diversificado habitat, são inúmeros
os animais que aqui encontram abrigo e alimento, destacando-se
o lobo ibérico (Canis lúpus signatus), o corço
(Capreolus capreolus), o esquilo-vermelho
(Sciurus vulgaris), a toupeira-de-água (Gallemis pirennaicus),
a águia de asa redonda (Buteo buteo). Para além
das espécies do reino animal e do reino vegetal, também
são de
destacar, quer pela sua ampla variedade, quer pelo seu interesse
gastronómico, as inúmeras variedades do reino
dos fungos, conhecidas vulgarmente por cogumelos.
Depois de uma obrigatória, mas apreciada e atenta paragem,
continuamos caminho pelo estradão florestal até
chegar a uma casa florestal abandonada, no lugar da Atalaia.
Seguimos um caminho em terra por entre um bosque de cedros
de Oregon, que nos conduzirá ao pitoresco e bucólico
lugar de Túmio. Aqui podemos observar alguns
exemplos da arquitectura popular, desde os simples espigueiros
às típicas casas das comunidades de montanha
do território de Coura. Igualmente, fazem parte deste
património construído os campos de cultivo,
trabalhados em socalcos, regados por água acumulada
em “poças” e conduzida por levadas em terra,
rodeados por escultóricos
muros de pedra solta, bordajados por azevinho. Passado algum
tempo alcançamos
o local onde teve início este pequeno passeio pelo
território do Corno de Bico, que possui um elevado
interesse, não só pela sua biodiversidade, como
também pelos jogos de luz e cores da paisagem envolvente.
Avaliação
SAL
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Certificações
Este
percurso não tem certificações.
Outras Informações
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