Concelho de MANTEIGAS
Distrito da GUARDA
Turismo do CENTRO DE PORTUGAL
 
MTG PR2 - Rota do Javali

Características do Percurso
Nome
Rota do Javali
Código MTG PR2
Tipologia Circular
Distância 11Km
Duração aproximada 5:00h
Tipo de piso Caminhos rurais e de montanha
Grau de dificuldade Médio
Local de Partida
Local de Chegada
Coordenadas geográficas N40º23'43'' W07º32'14''

Ficheiros
MTG PR2 Rota do Javali - Folheto e Mapa
MTG Rede de Percurso Pedestres - Mapa Global


Marcação do Percurso e Edição de Guia

Câmara Municipal de Manteigas
Rua 1.º de Maio 6260-101 Manteigas
Telf 275 980 000 Email geral@cm-manteigas.pt

Localização

Descrição e Motivos de Interesse
A Rota do Javali permite vislumbrar a paisagem humanizada com uma vista panorâmica sobre a Vila de Manteigas, cruzar o interior de florestas magníficas, subir ao topo da ribeira de Leandres e sentir a cascata do “Poço do Inferno”. Percorrer o caminho feito por Horácio quando se lançou em busca de uma vida melhor. Esta personagem, do romance neo-realista de Ferreira de Casto, A Lã e a Neve, travou uma dura caminhada entre Manteigas e Covilhã à procura de emprego na indústria tecelã para comprar casa e poder
desposar Idalina. Nesta obra, o autor descreve os lugares por onde a personagem passa, de uma forma muito fiel à realidade do património natural de Manteigas, retratando a força da personagem em pleno cenário da Segunda Guerra Mundial, num contraste entre o mundo rural e o proletariado. No decorrer do percurso, os elementos mais marcantes da
paisagem humanizada são a Casa de Guarda Florestal, a Casa dos Serviços Florestais e o Horto Florestal. A Administração Florestal da Serra da Estrela (Perímetro de Manteigas), criada em 1888, constitui um dos primeiros perímetros florestais de serras, desempenhando os Serviços Florestais um papel fulcral na sua arborização. Face à degradação a que chegara o coberto vegetal e os problemas de erosão do Concelho de Manteigas, a Câmara Municipal, em sessão de 13 de Outubro de 1888, decidiu ceder para arborização aos Serviços Florestais os baldios que ainda possuía. Tal medida encontrou séria resistência pelos pastores uma vez que os baldios eram utilizados principalmente como pastagens, tendo sido necessária, a determinada altura, a intervenção de uma força militar. No que reporta a linhas de água, neste trilho merece destaque o Poço do Inferno, uma cascata natural de 10 metros e a Ribeira de Leandres, linha de água entre
escarpas e vales encaixados. Estas linhas de água têm leitos cavados devido ao volume
de água que transportam e à velocidade que a água atinge pelos declives acentuados.
Estes espaços naturais contribuem para o desenvolvimento da vegetação local que nos leva a contemplar uma bela mancha florestal que enche os horizontes de cor. Tons suaves de castanho no Inverno/Primavera, verde com flores brancas no Verão, amarelo e
laranja misturados na folhagem de Outono. Neste percurso várias espécies autóctones estão presentes, tais como o castanheiro, o freixo, o carvalhonegral, o salgueiro e o amieiro-negro. Merecem especial destaque a gilbardeira, que possuiu estatuto de conservação, o vidoeiro e a tramazeira porque são espécies raras em Portugal. O equilíbrio existente entre as espécies de folhosas e resinosas aliadas à presença das linhas de água, torna esta área num dos habitats preferenciais para diversas espécies
de animais. O traçado da Rota do Javali apresenta habitats frequentados pelo coelho-bravo, pela raposa, pelo javali e pelo ouriço-cacheiro. Das aves de rapina, o tartaranhão-caçador e o peneireiro são os que habitam as zonas incluídas nesta rota pedestre. Os habitats onde a água é muito abundante permitem a existência de grupos de espécies dela dependentes, como os anfíbios, dos quais de destacam a rã-ibérica e a rã-verde. Quanto aos répteis destaca-se a presença da cobra-de-águade-colar e o lagarto-de-água. A lontra é também um dos animais que habita esta zona. A sua presença é detectada pelas pegadas em forma estrelada e pelo depósito de excrementos que deposita junto das margens, em locais visíveis. No decorrer do percurso é de salientar a paisagem provocada pelo fenómeno das cascalheiras – depósitos de fragmentos rochosos grosseiros, normalmente localizados em pendentes de inclinação moderada a forte, geradas por crioclastia (ocorre com a transição da água do estado líquido para o estado sólido).

Avaliação SAL
Não há avaliação SAL sobre este percurso pedestre.

Certificações
Este passeio não tem certificações.

Outras Informações

Não há mais informações disponíveis sobre este percurso pedestre.



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