Descrição
Percorrer as azinhagas de São Pedro da Gafanhoeira
é como mergulhar num passado remoto de gentes de trabalho,
onde suor e esforço eram realidades diárias
para retirar da terra o sustento das famílias. A aldeia,
ponto de passagem para viajantes, acolheu durante séculos
uma albergaria e uma gafaria, derivando daí o seu curioso
topónimo. A Igreja de São Pedro é ponto
central ao redor do qual se instala, sobre a suave encosta
soalheira, o harmonioso e alvo casario.
Saindo do edifício da junta de freguesia, virar á
esquerda e descer em direção à ribeira,
entrar no passadiço e virar à direita. Seguir
pelo passadiço e, no final, seguir pela azinhaga em
frente até ao casario e virar à esquerda. Ao
fundo da rua optar pela pequena azinhaga à direita
para, no final, virar novamente à direita e logo a
seguir à esquerda entrando na rua que em tempos terá
sido a estrada de ligação à vizinha aldeia
do Sabugueiro. No final, seguir em frente pela azinhaga, entre
muros de pedra solta e oliveiras. Mais à frente, optar
pelo caminho sombrio protegido por denso arvoredo, com pavimento
em pedra solta por onde as águas da chuva correm quando
são abundantes. No final deste "túnel",
retomar a azinhaga e observar a variedade de espécies
arbóreas. Antes de uma ruína (à esquerda),
virar à direita e subir por entre densa vegetação
e muros de pedra. Passar uma portada e seguir por caminho
de pé-posto que acompanha um muro baixo de pedra ali
colocado para criar um socalco e permitir o uso agrícola
dos terrenos. Estamos no ponto mais alto do percurso, de onde
se pode ver a aldeia e a paisagem envolvente. Ao avistar um
muro branco, passar por nova portada e virar à direita
pelo caminho que levará ao Monte da Forca. Na estrada
virar à direita e descer. Após a segunda casa,
virar de novo à direita e percorrer a azinhaga sinuosa
que termina dentro da aldeia. No final, virar à direita
e logo a seguir à esquerda. Já a avistar a Igreja,
virar à direita numa tímida azinhaga de pedra.
Chegando à rua virar à esquerda e logo de seguida
à direita por nova azinhaga. Chegando à Rua
do Outeiro onde segundo tradição oral terá
existido a Albergaria da Confraria, virar à esquerda,
passar pelo lavadouro público e subir ao largo da Igreja.
De costas para o cruzeiro, optar por nova azinhaga que se
adivinha no canto do largo. Descer, virar à esquerda
e seguir pela azinhaga até ao antigo posto de transformação
elétrica com pinturas murais representativas do quotidiano
da aldeia e chegar ao ponto de partida.
Outras
Informações -
Pontos de Interesse
São
Pedro da Gafanhoeira
As referências mais antigas da localidade remontam a
1 de Fevereiro de 1290 quando o rei D.Dinis na Carta de Povoamento
ordena ao seu Sesmeiro Pedro Caria, o povoamento do Reguengo
da Vide. No final da idade média foi criada uma confraria
de caridade que detinha uma albergaria para pobres e peregrinos
e uma gafaria para acolher leprosos. Pela sua localização
a presença de ordens religiosas foi constante. Hoje
existem ainda evidencias dessa influência com testemunhos
de vestígios raros tal como a Cruz de Caravaca gravada
num antigo moinho mostrando a sua propriedade pela Companhia
de Jesus.
Ribeira da Vide
Integrada na bacia hidrográfica do Tejo, a ribeira
de Vide atravessa a povoação de São Pedro
da Gafanhoeira proporcionando-lhe um espaço natural
de estadia e fruição, recentemente qualificado
com infraestruturas de apoio. A sua galeria ripícola
é fortemente marcada pela presença de um Freixial,
habitat natural de interesse comunitário, e outras
espécies autóctones como a Gilbardeira, o Lentisco-bastardo
e as Borrazeiras.
Azinhagas
ancestrais
Pequenos caminhos ladeados de muros de pedra solta, que delimitam
e sustentam terrenos agrícolas trabalhados pelas populações
locais. A malha urbana da aldeia é ainda hoje fortemente
marcada por estas estruturas que testemunham o engenho humano
na adaptação às condições
locais. A designação deriva do topónimo
árabe «az-zinaiqâ» que significa
vereda.
Igreja
de São Pedro
Em implantação sobranceira à povoação,
a Igreja de São Pedro resulta da reconstrução,
cerca de 1585, de um templo tardo-gótico, do qual se
conservou apenas a cabeceira. A estrutura é singela,
sendo típica da arquitetura chã alentejana.
No interior, destacam-se os vestígios do primitivo
templo por detrás da tribuna do retábulo do
altar-mor, o púlpito e os altares colaterais, com retábulos
maneiristas e barrocos, e ainda alguma imaginária.
Avaliação
SAL
Este percurso está classificado como
EXCELENTE.
Certificações
Este passeio não tem certificações.