Concelho de TERRAS DE BOURO
Distrito de BRAGA
Turismo do PORTO E NORTE
TBR GR34 - Grande Rota da Serra Amarela

Características do Percurso
Nome
Grande Rota da Serra Amarela
Código TBR GR34
Tipologia Circular
Distância 35Km
Duração aproximada 4 dias - 4 etapas
Tipo de piso Caminhos rurais de montanha
Grau de dificuldade Alto
Local de Partida Povoação de Ermida
Local de Chegada Povoação de Ermida
Coordenadas geográficas N41º49'12'' W08º15'31''

Ficheiros
TBR GR34 Grande Rota da Serra Amarela - Folheto
TBR GR34 Grande Rota da Serra Amarela - Guia 18,5Mb
TBR GR34 Grande Rota da Serra Amarela - Mapa
TBR GR34 Grande Rota da Serra Amarela - KML
TBR GR34 Grande Rota da Serra Amarela - GPX
TBR GR34 Grande Rota da Serra Amarela - Link Externo

“Um dia pela Serra Amarela, a percorrer vezeiras, a visitar fojos de lobos e a quebrar a cabeça no enigma de quinze ou vinte casarotas perdidas numa chapada.”
Miguel Torga, numa visita à Serra Amarela, em 25 de Julho de 1945

Marcação do Percurso e Edição de Guia

Adere-Peneda Gerês
Associação de Desenvolvimento das Regiões do Parque Nacional da Peneda-Gerês
Rua D. Manuel I s/n 4980 - 649 Ponte da Barca
Telf +351 258 452 250 Email
geral@adere-pg.pt

Câmara Municipal de Terras de Bouro
Largo do Município 4840-100 Terras de Bouro
Telf +351 253 350 010 Email turismo@cm-terrasdebouro.pt

Câmara Municipal de Ponte da Barca
Praça Dr.António Lacerda 4980-620 Ponte da Barca
Telf +351 258 480 180 Email geral@cmpb.pt

Localização

Descrição e Motivos de Interesse
O trilho interpretativo da serra Amarela desenvolve-se nas duas vertentes da serra – a vertente Norte, voltada ao rio Lima, no concelho de Ponte da Barca, e a vertente Sul, voltada ao rio Homem e à albufeira de Vilarinho das Furnas, no município de Terras de Bouro – percorrendo cerca de 35 quilómetros em caminhos de pé posto, carreteiros ou calçadas. É um trilho circular, mas pela sua extensão recomenda-se que seja feito por etapas.
A serra Amarela é um dos grandes relevos que fazem parte do Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG), atingindo a sua cota máxima na Louriça, a 1364 metros de altitude. É constituída maioritariamente por granitos embora também exista uma faixa estreita com xistos e metagrauvaques que parte do cume da Louriça para Norte. O clima é fresco no Verão e os invernos são rigorosos, com grandes níveis de precipitação, muitas vezes em forma de neve.
A vegetação que se pode encontrar na serra Amarela é condicionada pelo clima e geologia e também pela ocupação humana. Desta forma, a maior parte da serra está coberta por matos secos dominados por urzes e tojos e matagais dominados por giestas. Os carvalhais encontram-se hoje mais fragmentados, destacando-se duas manchas relevantes que se localizam na mata do Cabril e na mata de Palheiros, ambas em Zona de Proteção Total. Junto ao pico da Louriça, encontram-se das maiores manchas de azevinho (Ilex aquifolium) de Portugal, com exemplares de grandes dimensões. Ao nível da fauna podemos referir que uma grande parte das 235 espécies de Vertebrados do PNPG pode ser observada na Serra Amarela. Ao nível dos mamíferos destaca-se a cabra-montês (Capra pyrenaica), o corço (Capreolus capreolus) e o seu principal predador, o lobo (Canis lupus), espécie protegida e considerada em perigo em Portugal. Ao nível das aves podem-se observar muitas espécies, apesar de algumas das mais raras estarem ausentes desta zona. Ao nível da herpetofauna, pode-se destacar a víbora-cornuda (Vipera latastei) e a salamandra-lusitânica (Chioglossa lusitanica), consideradas como estando vulneráveis em Portugal.
Este é o cenário biofísico de uma ocupação humana antiga e continuada, que teve o seu início, conhecido à data, no Neolítico. Nestes relevos agrestes o Homem aperfeiçoou técnicas agrícolas e silvopastoris que lhe permitiriam a exploração dos recursos naturais, de forma lenta mas racional, garantindo a sua sobrevivência num equilíbrio entre atividade antrópica e ambiente natural. Vestígios como a Necrópole Megalítica da Serra Amarela e o Santuário Rupestre da Bouça do Colado; como os Povoados Fortificados Proto-históricos da Ermida e S. Miguel de Entre Ambos-os-Rios; vestígios da época da Romanização como os povoados do Cabeço do Leijó e da Torre Grande; vestígios medievais como o Castelo de Lindoso e várias brandas e outros povoados de raiz medieval e vestígios da intensificação da agricultura com a introdução do milho maíz a partir do século XVIII (espigueiros e eiras, moinhos, brandas, abrigos e currais, levadas, entre outros), povoam a Serra Amarela e transportam-nos para um mundo que não conhecemos mas que conseguimos imaginar. Conseguimos admirar, através deste vasto património cultural, a coragem das comunidades para se estabeleceram e sobreviverem neste cenário desde o Neolítico até à atualidade.

Avaliação SAL
Não há avaliação SAL sobre este percurso pedestre.

Certificações
Este percurso está certificado pela Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal.

Outras Informações

Deve ter presente de que se encontra numa área protegida, que é a única em Portugal com o estatuto de Parque Nacional. Respeite as regras de conduta e ajude a preservar a paisagem e o património do Parque Nacional da Peneda-Gerês. Por outro lado, lembre-se de que as atividades na montanha envolvem diversos riscos. É por isso importante agir com consciência, sobretudo quando o território é desconhecido ou quando não se domina a atividade. Uma das regras mais importantes é ter sempre em consideração as previsões meteorológicas, evitando a montanha nos dias em que se prevê a ocorrência de chuva, trovoadas e nevoeiros. Não menos importante é ter sempre alguém informado sobre a sua localização na montanha (comunicação do percurso previsto) e ir sempre acompanhado. Nunca vá sozinho para a montanha, mas se o fizer informe alguém. Quando regressar, comunique-lhe que terminou a atividade.

O TRILHO INTERPRETATIVO DA SERRA AMARELA APRESENTA ALGUNS PROBLEMAS DE SINALIZAÇÃO, PELO QUE NÃO ACONSELHAMOS A SUA UTILIZAÇÃO SEM UM GUIA QUE CONHEÇA O LOCAL.

ALERTA ETAPA 3: O TROÇO ENTRE O PAREDÃO DA BARRAGEM E A ALDEIA DE VILARINHO DA FURNA PODE FICAR CONDICIONADO PELA SUBIDA DO NÍVEL DA ÁGUA DA ALBUFEIRA, NÃO PERMITINDO A PASSAGEM DOS CAMINHEIROS PELO CAMINHO.

INFORME-SE SEMPRE JUNTO DAS ENTIDADES PROMOTORAS, ANTES DE REALIZAR A SUA JORNADA. NUNCA CAMINHE SÓZINHO.



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